O que se sabe sobre o suposto ataque de Israel ao Irã

  • 19/04/2024
O ministro das Relações Exteriores da Itália foi a única autoridade a confirmar indiretamente o envolvimento israelense no episódio, dizendo a jornalistas que Tel Aviv informou sobre o ataque a Washington "no último minuto". Ministro de Israel postou mensagem sem contexto em rede social. Vídeos de TV iraniana mostram suposto ataque israelense a Isfahan Na madrugada desta sexta-feira (19), explosões foram registradas perto de uma base militar na cidade de Isfahan, no Irã. Apesar de o governo iraniano ter sido evasivo quanto às causas do evento, militares dos EUA disseram à imprensa americana que este se tratava de um ataque israelense em resposta ao lançamento de mais de 300 drones e mísseis em direção ao país no último dia 13. Autoridades israelenses e iranianas hesitaram em apontar responsabilidades ao comentar o episódio. Além disso, os EUA se limitaram a dizer que não estão envolvidos com nenhuma ofensiva militar. O ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, foi o único a confirmar indiretamente o envolvimento israelense, dizendo a jornalistas que Tel Aviv informou sobre o ataque a Washington "no último minuto", mas que os EUA não tiveram participação no mesmo. Confira abaixo o que se sabe, e o que falta saber, sobre os mais recentes desdobramentos da crise entre os dois países. O que aconteceu? Segundo a imprensa do Irã, por volta das 21h30 (horário de Brasília), três drones que sobrevoavam a área de Isfahan foram abatidos. A região fica a 450 km de Teerã e tem instalações nucleares. O espaço aéreo chegou a ser fechado, e voos foram cancelados. Explosões foram ouvidas na cidade, a terceira maior do país, com 1,9 milhão de habitantes. O que diz o Irã Uma autoridade iraniana afirmou que não houve ataque com mísseis e disse que o sistema de defesa aérea foi ativado. Explosões ouvidas na região, segundo a autoridade, são resultado da ação do sistema de defesa. Um militar do Irã disse que nenhum estrago foi causado. A imprensa local afirmou também que as instalações nucleares iranianas permanecem intactas. Outro militar sênior ouvido pela agência Reuters disse que o Irã não tem planos para uma retaliação imediata contra Israel, já que as circunstâncias do ataque não estão claras. "A origem estrangeira do incidente não foi confirmada. Não recebemos nenhum ataque externo, e a discussão parece mais uma infiltração do que um ataque", disse a autoridade iraniana à agência, sob condição de anonimato. A hesitação em reconhecer Israel como autor do ataque indica, segundo analistas, que o Irã não pretende seguir com a escalada das tensões. O que diz Israel Israel não comentou oficialmente a ação até a última atualização deste texto, o que indica uma possível intenção de reduzir as tensões com Teerã. O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, escreveu uma mensagem no X (antigo Twitter), durante a madrugada, em hebraico, com uma única palavra que pode ser traduzida como “fraco” ou “desapontador”. Ele não disse a que se referia, mas a imprensa israelense especula que tenha relação com os eventos de Isfahan, horas antes. Logo depois do ataque iraniano do dia 13, ele havia defendido publicamente uma resposta “esmagadora” a Teerã. Pela mensagem, Ben-Gvir recebeu uma reprimenda pública do presidente de Israel, Isaac Herzog. Qual foi a resposta internacional Questionado durante a reunião do G7 em Capri, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, disse que os EUA foram informados “no último minuto” por Israel sobre o suposto ataque desta sexta ao Irã, mas que não houve envolvimento direto de Washington. A resposta é o único indício dado oficialmente por uma autoridade de que o ataque teria origem israelense. Já o secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, ao ser questionado sobre o episódio, disse que não iria comentar o assunto, exceto que “os EUA não estão envolvidos com nenhuma operação ofensiva”. Outras autoridades estrangeiras se limitaram a defender a diminuição das tensões entre os dois países. A crise entre Israel e Irã A escalada na crise entre Irã e Israel começou no dia 1º de abril. Naquele dia, um ataque israelense matou um comandante sênior da Guarda Revolucionária do Irã e outras seis pessoas, na Síria. O bombardeio atingiu o consulado do Irã em Damasco e foi conduzido por aviões militares. À época, Israel evitou comentar o caso, mas fontes da Defesa israelense confirmaram a autoria do bombardeio ao jornal "The New York Times". Um dia depois do ataque, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, prometeu vingança e disse que Israel iria se arrepender do ataque. Nos dias seguintes, começaram a pipocar informações sobre a possibilidade efetiva de uma resposta do Irã. O governo dos Estados Unidos, inclusive, demonstrou preocupação diante da ameaça. A resposta efetiva veio no dia 13 de abril, quando o Irã lançou mais de 300 drones e mísseis contra Israel, em um ataque sem precedentes. A agência de notícias Associated Press informou que essa foi primeira vez que em o Irã lançou um ataque militar direto a Israel, apesar de mais de quatro décadas de uma inimizade que remonta à Revolução Islâmica de 1979. As Forças de Defesa de Israel afirmaram que conseguiram interceptar 99% dos mísseis e drones lançados. Parte dos projeteis foi derrubada com a ajuda dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Jordânia. O ataque levou os Estados Unidos a aplicarem novas sanções contra o Irã. No entanto, a Casa Branca avisou Israel que não participaria de um contra-ataque conduzido por Israel.

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2024/04/19/o-que-se-sabe-sobre-o-suposto-ataque-de-israel-ao-ira.ghtml


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