Que efeitos o El Niño trouxe e o que esperar de La Niña nos próximos meses

  • 18/04/2024
(Foto: Reprodução)
A principal pergunta é o que vai acontecer agora, e os cientistas estão divididos sobre como respondê-la. Quando o El Niño está ativo, a água do oceano na zona equatorial fica mais quente. GETTY IMAGES via BBC O poderoso fenômeno climático El Niño contribuiu, aliado às mudanças climáticas, para aumentar as temperaturas globais, que bateram novos recordes nos últimos meses. Agora o El Niño chegou ao fim, conforme anunciaram na terça-feira (16/4) cientistas do Serviço de Meteorologia da Austrália. As águas do Oceano Pacífico esfriaram "substancialmente", segundo dados coletados na semana passada pela organização. A Agência Nacional Atmosférica e Oceânica dos EUA (Noaa, na sigla em inglês) também previu há uma semana que o El Niño estava chegando ao fim — e que isso aconteceria entre os meses de abril e junho. A previsão coincide com a da Organização Meteorológica Mundial (OMM), que estima 80% de chance de condições neutras (sem El Niño nem La Niña) entre abril e junho. O El Niño mais recente, que começou em junho do ano passado, levou águas mais quentes para a superfície do Oceano Pacífico, o que adicionou calor extra à atmosfera e provocou o aumento das temperaturas globais, que bateram recordes históricos um mês após o outro. O que pode acontecer nos próximos meses ainda é incerto, dizem os pesquisadores. Depois do El Niño intenso, La Niña deve trazer alívio momentâneo As dúvidas que o El Niño deixa Os recordes de temperatura batidos nos últimos meses a nível global levaram alguns cientistas a temer que o mundo possa estar entrando em uma fase nova — e ainda mais rápida — das mudanças climáticas. Especialistas acreditam que os meses após o fim do El Niño vão oferecer uma indicação mais precisa sobre se as altas nas temperaturas registradas recentemente se devem ou não a esta aceleração do aquecimento global. De tempos em tempos, a chegada do El Niño provoca grandes mudanças no clima em várias partes do mundo. BBC A propagação de águas mais quentes que sobem à superfície ao longo da costa do Peru está relacionada com o aumento das secas e inundações em diferentes partes do mundo. O nome completo deste padrão é Sistema El Niño Oscilação Sul (ou ENSO, na sigla em inglês). É marcado por três fases distintas: o El Niño quente, condições neutras e seu extremo oposto, um período mais frio chamado La Niña. O fenômeno El Niño que termina agora começou em junho de 2023 — e atingiu o seu pico em dezembro. A água mais quente do Oceano Pacífico ajudou as temperaturas médias do planeta a registrar novas máximas — e a bater, em março, o recorde mensal pelo décimo mês consecutivo. El Niño x La Niña: entenda como a mudança de fenômeno pode impactar a inflação no Brasil La Niña Mas agora — e talvez mais rápido do que se esperava — o El Niño está chegando ao fim. A principal pergunta é o que acontece a seguir, e os cientistas estão divididos sobre como respondê-la. Pesquisadores americanos afirmaram recentemente que havia 60% de chance de o fenômeno La Niña se desenvolver entre junho e agosto, e 85% de chance de que isso aconteça até o outono do hemisfério norte. La Niña BBC Especialistas do Serviço de Meteorologia da Austrália acreditam que tais previsões devem ser feitas com cautela, e esperam que as condições neutras durem pelo menos até julho. “Como as atuais condições oceânicas globais nunca haviam sido observadas antes, as previsões baseadas em eventos passados ​​sobre como o ENSO poderia se desenvolver em 2024 podem não ser confiáveis”, afirmaram em comunicado. Segundo os pesquisadores, a formação ou não do La Niña é algo de grande importância. Este fenômeno pode ter um impacto significativo na formação de tempestades e furacões — e alguns especialistas preveem que sua chegada seria presságio de uma temporada de furacões bastante ativa no Atlântico. O efeito de resfriamento do La Niña também poder desacelerar ligeiramente o ritmo do aquecimento global. Isso poderia indicar que as temperaturas recorde registradas no ano passado não são evidência de que o mundo entrou em uma fase de aquecimento mais rápido. Por que o El Niño e o La Niña se formam? 🌊🌡️Os cientistas não têm certeza do que exatamente inicia o processo. Mas, de tempos em tempos, as condições de pressão atmosférica mudam sobre o Pacífico equatorial, afetando os ventos alísios do sudeste — das regiões intertropicais — que normalmente sopram de leste para oeste. Alguns consideram que a rotação da Terra pode afetar o movimento destes ventos, que atuam sobre a superfície das águas oceânicas. Embora se saiba que o vento é o gatilho, existem diferentes teorias sobre o motivo pelo qual esse vento se altera — entre elas, a que argumenta que variações na atividade solar provocam aquecimentos diferentes no planeta e, por sua vez, diferentes pressões. Seja como for, durante o El Niño os ventos alísios enfraquecem, de modo que menos água se desloca para oeste — por isso, a parte central e oriental do Pacífico esquenta mais do que o normal. BBC Às vezes, acontece depois um resfriamento muito brusco, e o fenômeno se transforma em La Niña — embora, segundo especialistas, também possa haver La Niñas quando não há El Niño. Durante o La Niña, os ventos ficam mais fortes, de modo que a massa de água aquecida pelo Sol é empurrada para oeste. Enquanto isso, no Pacífico oriental, a água fria e profunda sobe para substituir a água quente. Oceano La Niña. BBC O El Niño não tem um período fixo: costuma durar entre 9 e 12 meses, e sua intensidade também pode variar. O desenvolvimento deste fenômeno costuma ser monitorado por centros meteorológicos internacionais que utilizam modelos climáticos e observações de satélite para prever seu aparecimento e potenciais impactos. Da mesma forma, o La Niña não segue um calendário fixo, e sua frequência e intensidade podem variar. Os fenômenos La Niña podem durar de 9 meses a três anos, e sua previsão também depende de observações climáticas e modelos meteorológicos avançados. Os cientistas continuam estudando ambos os fenômenos para melhorar as previsões — e entender melhor seu impacto nas mudanças climáticas globais. El Niño perde força, mas deixa marcas em muitas famílias brasileiras

FONTE: https://g1.globo.com/meio-ambiente/noticia/2024/04/18/que-efeitos-o-el-nino-trouxe-e-o-que-esperar-de-la-nina-nos-proximos-meses.ghtml


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