TJ determina afastamento de servidor de Itaju por suspeita de envolvimento em fraude de licitações
26/04/2024
(Foto: Reprodução) O pedido de afastamento foi apresentado pelo MP como parte de uma operação do GAECO, que investiga fraudede licitação de serviços de limpeza pública em municípios do interior de SP. Decisão foi publicada nesta quinta-feira (26) Gaeco Bariri
Lucas Araújo/ Jornal Noticiantes
O Tribunal de Justiça de Bariri (SP) determinou o afastamento provisório de um servidor municipal em Itaju (SP) por suposto envolvimento em fraude de licitação de serviços de limpeza pública na cidade. Decisão foi publicada nesta quinta-feira (25).
O pedido de afastamento foi apresentado pelo Ministério Público (MP), através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), que investiga irregularidades em processos licitatórios na região desde o ano passado.
Na ação civil pública movida pelo MP, os promotores acusam o servidor responsável pela área de licitação e contratos em Itaju, de ter participado da fraude ocorrida no início de 2023. Nessa licitação, a empresa Latina Ambiental, já sob investigação pelo GAECO, venceu e assumiu os serviços de limpeza pública na cidade.
Além do servidor, o Ministério Público também aponta o prefeito de Itaju, Jerri de Souza Neiva e o atual diretor de obras, João Batista Modolin Neto, como envolvidos no esquema.
Segundo apuração dos promotores que apresentaram a denúncia ao MP, assim como ocorreu em Bariri, onde a mesma empresa venceu uma licitação em 2020, os representantes da administração municipal receberam propina para restringir o edital e garantir que apenas a Latina Ambiental pudesse participar.
Na mesma decisão, a Justiça suspendeu o contrato fraudulento em Itaju e proibiu a empresa de, que é de Limeira (SP) entrar em novos contratos com o poder público.
Essa é a segunda ação civil pública iniciada para tratar das irregularidades em licitações pela empresa. Há também ações criminais em andamento contra cinco réus, sendo que três deles, incluindo o proprietário da empresa de limpeza, estão presos desde agosto do ano passado. Um total de R$ 11 milhões já foi bloqueado.
O g1 tenta contato com a Prefeitura de Itaju e com o servidor afastado, mas, até a ultima atualização desta reportagem, não obteve retorno.
Operação do Gaeco
A operação do Gaeco foi deflagrada no dia 8 de agosto de 2023 e teve apoio da Polícia Civil e Polícia Militar para realizar mandados de busca e apreensão sobre a suspeita de irregularidades em licitações em cidades do interior de São Paulo. A ação cumpriu, na época, mandados em endereços nas cidades de Jaú, Bariri, Itaju e Limeira (SP).
Um dos investigados foi ex-candidato a prefeito e teria ligações políticas em Jaú e já esteve à frente de uma secretaria na prefeitura de Bariri.
O Gaeco também prendeu um capitão da Polícia Militar suspeito de ter sido o executor da coação contra o denunciante das supostas fraudes em licitações no serviço de limpeza pública de Bariri.
VÍDEOS: assista às reportagens da região
Veja mais notícias da região no G1 Bauru e Marília.
